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Por Jornal Nacional


Operação policial no Rio termina com 10 mortos

Operação policial no Rio termina com 10 mortos

Uma operação policial no Rio de Janeiro terminou com dez suspeitos mortos e dois policiais feridos.

Desde a madrugada, moradores ficaram acuados. Amanheceu e não dava para sair de casa.

“Tem que esperar e se abrigar em algum local seguro para escapar do tiroteio”, diz um morador em vídeo que mostra o som dos tiros.

Forças policiais cercaram a Vila Cruzeiro, uma das comunidades do Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio.

“Dados de inteligência apontavam que, para o dia de hoje, aconteceria uma reunião de lideranças da facção criminosa que atua na Vila Cruzeiro”, diz o coronel Marco Andrade, porta-voz da PM do Rio.

Policiais precisaram destruir barricadas para chegar ao local onde bandidos estavam reunidos — Foto: JN

Policiais precisaram destruir barricadas para chegar ao local onde bandidos estavam reunidos. Traficantes deram ordem para que motoqueiros circulassem pela estrada que dá acesso à mata, também para dificultar a chegada da polícia.

“O caveirão subiu a parte da mata e bateu de frente com os bandidos 'tudo armado', fortemente armados. Aí estourou uma cena de guerra intensa aqui em cima na mata”, conta um morador.

Dos dez mortos na operação, nove foram baleados na mata. De acordo com a polícia, eles estavam com sete fuzis que foram apreendidos. Cinco pessoas ficaram feridas - entre elas, dois PMs.

Repórter: Uma operação com dez mortos é considerada bem-sucedida, mesmo eles sendo bandidos?
Porta-voz da PM: Não, bem-sucedida não. Durante a ação do dia de hoje, fomos recebidos com uma intensa troca de tiros e precisamos adotar as medidas necessárias para que pudéssemos avançar naquele terreno com o objetivo de prendê-los. Mas, infelizmente, vieram a óbito durante o confronto.

Traficantes deram ordem para que motoqueiros circulassem pela estrada que dá acesso à mata, também para dificultar a chegada da polícia — Foto: JN

Mais uma vez, um hospital público se transformou em uma unidade de guerra. Todos os mortos e feridos foram levados para o local; uma movimentação extremamente tensa. Somente um blindado da Polícia Civil levou sete vítimas. Outras foram socorridas por moradores.

Dezesseis escolas não puderam abrir; mais de 3 mil alunos ficaram sem aula.

“Mais um dia de clima tenso na favela. Até quando eu não sei. Mas atrapalha quem não tem nada a ver nem com o lado da polícia nem com o poder paralelo”, lamenta moradora.

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